Pela Equipe
Eis que um blog conhecido no meio cristão, “Convite à loucura”, abriu o concurso para selecionar um novo colunista. Vi no Facebook de uma amiga, que indicou pra outra amiga. A outra amiga não se inscreveu, mas eu e aquela amiga que indicou nos inscrevemos. Um formulário, um texto... e a inscrição estava feita.
“Meu Deus! Já imaginou eu, com meu pequeno blog com menos de 5 mil views por mês tivesse a chance de virar colunista de um blog mais conhecido? Já pensou que legal muitas pessoas lendo meus textos, e aquilo que Deus falou comigo realmente se espalhando mundo afora? Quantas pessoas poderei ajudar? Uau! Seria incrível, mas é melhor não criar expectativas.”
Um tempo depois, o e-mail – eu fui selecionada! E minha amiga também! Era inacreditável! Quanta emoção! Vibrei com minha amiga, e as reuniões começaram. E-mails, skype... e daí não tinha mais só uma amiga, mas outros nove amigos (apenas um rapaz) que compartilhavam comigo o sonho de escrever!
De repente, o Convite à Loucura estava de volta à ativa, e íamos nos conhecendo cada vez melhor. O Eric – o “bendito o fruto” – era um extrovertido aspirante a publicitário recifense, que logo fez um perfil de todas nós. Ele também tinha uma amiga no grupo, a Michele, uma moça doce e comprometida com aquilo que queria transmitir ao mundo. Mas também tinha outra conterrânea minha no grupo, a Débora, uma fotógrafa excelente e meio nerd, como eu. Tinha a caçulinha do grupo, a Mariáh, incrivelmente madura para seus apenas 15 anos (quase a idade do meu irmão mais novo, eu realmente me sentia a idosa, rs). A Thaís era nossa corretora gramatical oficial, e a Raquel nos lembrava do tamanho de nosso país, visto que morava em fuso horário diferente. A Julyana era um docinho de pessoa, nossa missionária que contagiava a todos com sua paixão pelos povos esquecidos. A Carol, minha amiga, bem, era difícil falar dela. Afinal, quando nos conhecemos já saímos contando toda nossa vida uma para a outra, como se já fôssemos amigas desde sempre, ela era a pessoa mais apaixonada por Cristo que eu tinha conhecido até então. A Camila era a coordenadora de tudo isso.
Surgiram ideias, como podcasts, uma revista...ficamos com a ideia da revista. O tema seria “blogosfera cristã”, pensamos em entrevistar muitos blogueiros e escritores, pastores. Eu fiquei responsável por entrevistar meu escritor preferido do mundo inteiro, o Philip Yancey. Eu já tinha tido a ousadia de encontrar o e-mail dele e, desde então, me corresponder com ele eventualmente. Mandei as perguntas, na esperança de que ele respondesse algumas, e ele respondeu tudo, de uma maneira completamente incrível. Eu fiquei emocionada com tudo aquilo.
O blog tinha coerência, apesar de mostrar a individualidade de cada colunista. Viramos amigos também meio que instantaneamente – os melhores amigos que já fiz na vida sempre surgiram assim – mas o blog acabou, por motivos que ultrapassariam os limites de espaço e da razão desse post. Ficamos “órfãos” de novo.
A Carol então teve a ideia: ”Por que não reabrirmos o blog, com um novo nome, um novo projeto?” Faltava um colunista. Chamei meu noivo (ah, sim, eu era a noiva do grupo, além de segunda mais velha).
Precisávamos de um líder e eu me voluntariei, apenas por ver que tinha mais tempo disponível que o restante da galera. A votação do nome foi longa, mas a ideia principal era focar em Romanos 12:2, que diz: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”
Bom, eu sempre adorei jogos de palavras. Foi sugerido que orássemos um tempo, para votar no novo nome. Eu digitei no grupo do Facebook que não tinha tido nenhuma ideia, quando, no exato instante em que digitava, veio a ideia: “Renovação da nossa mente, Nova...mente, recomeço de nossa história enquanto grupo...NovaMente”. Sugeri NovaMente e esse foi o nome escolhido para o novo projeto.
Depois da escolha era hora de colocar o projeto em ação. Mas a minha vida e a do noivo (que eu tinha convidado para se juntar a nós) se tornaram ainda mais complicadas que de costume, então resolvi sair do projeto, mesmo com uma enorme dor no coração.
Sabia que na mão dos nove jovens que ali estavam um grande projeto iria surgir, para a Glória de Deus. E achava que a graça, essa que Deus tão maravilhosa e inexplicavelmente deu para nós, estaria com eles. Achava que bater sempre nessa mesma tecla – da graça - poderia ter um efeito na vida deles. Saí triste, claro, por abandonar o barco, mas sabia que algo lindo iria surgir dali.
Não me enganei. Alguns meses depois um perfil me adicionou ao Facebook – NovaMente, e o estilo e originalidade das postagens me cativaram e mostraram que eu estava certa, me lembraram aquele grupo que se juntou por causa de um concurso na internet. Um grupo mais maduro na escrita, mas com o passar do tempo era normal que isso acontecesse.
Um tempo depois, a Carol me disse que queriam que eu escrevesse a nossa história. Aceitei, mesmo sabendo que não era a mais recomendável para isso. Todos estavam envolvidos no projeto que eu abandonei, e minha memória para os fatos nunca foi das melhores. Mas, por tão honrada que fiquei com o convite, resolvi aceitar assim mesmo.
Eu sei que essa não é a “nossa história”, mas apenas o comecinho de uma história linda que Deus de forma graciosa começou a escrever através da vida, do esforço e das palavras de cada um de vocês.
Que a graça – maravilhosa e surpreendente graça – continue sempre conosco!
Por Dani Nogueira, amiga sempre querida do NovaMente Brasil, ex-colunista do Convite À Loucura. Muito obrigado por ter sido parte desse sonho com a gente. Desejamos a bênção do Senhor em sua nova etapa e que em tudo você seja luz. Rm 12:2!!!