Por Eric Leuthier
Por várias
vezes, sinto muita raiva das atitudes de algumas pessoas, que me levam
diretamente a ter raiva delas - o que só faz mal a todo mundo, principalmente a
mim.
Mas Deus tem
me ensinado que, assim como elas, eu também erro tanto quanto. A história de
perdoar 70x7 não é para ficar apenas na teoria (embora isso seja uma metáfora).
Muitos deixam de praticar o perdão por julgarem que as pessoas NUNCA
conseguirão mudar, que permanecerão no erro sempre e que "só Deus na
causa" - o que é irônico, porque sabem onde está a solução e mesmo assim
não fazem nem uma oração.
E aí a gente
se depara com a oração que o Filho ensinou a fazer ao Pai nosso:
"Perdoai-nos as nossas
ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam" (Mt. 6.12)
ERROR ERROR
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É difícil
assimilar isso. Fica complicado quando começamos a tomar para nós o que
atribuímos tão facilmente aos outros, mas é mais ou menos assim que começamos a
entender o amar ao próximo como a nós mesmos.
Hoje eu pensei
muito nisso, porque Deus me desafiou a amar alguém de quem fiquei com muita
raiva, por algumas atitudes que EU CONSIDERO (sim, eu julguei e julgar não é
necessariamente pecado - Jo 7.24) muito incoerentes com o caráter cristão.
Não falei com
essa pessoa hoje, embora tenha estado no mesmo lugar que ela. Acho completamente
normal, e até sensato, dar tempo para pensar e analisar o que está acontecendo,
nada precipitado. Parando agora em casa e refletindo, vi que Deus já tinha me
falado sobre isso na devocional que fiz de manhã cedo. "Ore!" era o
título, enfatizando a oração pelo próximo, com a finalidade de deixar Deus se
sobressair em toda a situação, afinal, o propósito é dEle.
E é incrível
quando Deus permite que a gente dê uma olhada no jogo por cima, porque conseguimos
ver o seu agir mais facilmente. Meu principal desafio de hoje não foi
simplesmente perdoar e, ainda assim, tentar fazer sobressair minha
"santidade aparente", mas, sim, orar a favor dos que me ofenderam,
interceder pelo melhor deles, pensando em como o Reino será beneficiado com
tudo isso.
Para resumir,
deixo algumas citações do livro "Maravilhosa Graça", do Philip Yancey,
que têm me abençoado muito:
"Como poderíamos não perdoar uns aos outros à luz de tudo o que Deus nos perdoou?"
"Deus anseia por ver nas pessoas algo de sua própria imagem refletida; quando muito, vê fragmentos esparsos dessa imagem. Mesmo assim, Deus não pode - ou não vai - desistir."
"Embora o mal não desapareça quando perdoo, ele perde o seu poder sobre mim e é assumido por Deus, que sabe muito bem o que fazer. Tal decisão envolve risco, naturalmente: o risco de Deus não lidar com a pessoa como eu gostaria."
Deus nos molde,
Eric Jones Leuthier
Estava sentindo falta disso: você e as palavras.
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