Por Noemi Cristina



“E, entrando no barco, passou para o outro lado, e chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico, deitado numa cama. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados.” Mateus 9:1-2

Em toda sua vida terrena, Jesus realizou muitos milagres. Em toda sua vida terrena, o 100% homem e o 100% Deus, Jesus, encontrou muitas pessoas e deixou-se encontrar por muitas outras. Na passagem de Mateus 9, encontramos dois versículos que desafiam nossas ações, porque, no meio de uma multidão, trouxeram um paralítico para Jesus curar. E Jesus não viu a doença, a incapacidade ou os pecados daqueles homens. Jesus viu a fé deles.

Jesus viu a fé deles, e perdoou seus pecados. Jesus viu a fé deles e libertou o paralítico da cama, assim como fez com o servo do centurião em Mateus 8. Quando o centurião demonstrou sua fé, a Bíblia diz que Jesus se maravilhou. O que me leva a indagar: qual o tamanho da fé que Cristo tem visto em nossas vidas?

E eu não estou falando de boas obras. Tiago reafirmou o que Jesus ensinava lembrando que a fé sem obras é morta, mas o que a expressão “Jesus, vendo a fé deles” me faz pensar é no quanto nossos corações estão fervendo em fé por algo que não vemos, e pela certeza das coisas que esperamos. O que Cristo viu foi homens pecadores e miseráveis que provavam o que viam, e que tinham certeza da concretização de suas esperanças.

A sociedade hoje tem vivido um tempo de incredulidade doentia. O relativismo das coisas e a falta de esperança diante das circunstâncias têm levado muitos a uma descrença total. O problema é que a esperança ainda vive. O problema é que muitos estão paralíticos e transformaram isso em uma cegueira que não deveria existir. O problema é que Jesus carrega a cura, mas é a fé Nele que a torna visível.

Eu desejo acreditar que o que Cristo vê em mim é a fé que Ele merece ver. Desejo que o meu coração seja transparente aos Seus olhos, que apesar das falhas e incertezas, a única esperança que reine seja a que Ele plantou quando morreu em meu lugar. É preciso acreditar.
É preciso ter fé sem circunstâncias, porque

“em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível.”Mateus 17:20

Os heróis da fé que o autor de Hebreus cita no capítulo 11, conquistaram muito. Mas a razão dessa conquista não foi e nunca será circunstancial, a razão da conquista foi a fé que eles mantiveram escondida em seus corações, que na hora da adversidade apontava como uma bússola para o único que era capaz de salva-los: Deus.

Onde está a nossa fé? Para quem nossa bússola aponta? Será que somos capazes de resplandecer a fé para que Jesus a veja, ou será que as circunstâncias têm deixado nossas cabeças baixas e as lágrimas comandarem?

2 comentários:

  1. Não só acho que o relativismo tem resultado numa falta de fé, mas também numa fé sem alicerce, em alvos errados, em alvos completamente palpáveis.

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  2. E Eric, até dentro da igreja o relativismo está presente. Logo na igreja, onde deveria ser lugar de verdades absolutas e uma fé inabalável.

    Lindo o texto, Noemi ! *----*

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