O fim do homem?

Por Noemi Cristina

Qual é o fim principal do homem?

O fim principal do homem é glorificar a Deus, 

e gozá-lo para sempre.

(Rm 11.36; 1Co 10.31; Sl 73.25-26; Is 43.7; Rm 14.7-8; Ef 1.5-6; Is 60.21; 61.3.)

Há alguns anos atrás em uma de nossas reuniões familiares, começamos a estudar o Catecismo de Westminster.  E por mais que muitos ainda lembrem as grandes lições que aprendemos, parece que nunca vamos esquecer o que se tornou o motivo de muitos risos. Um dos meus primos ao ouvir a primeira pergunta “qual é o fim principal do homem” foi eloquente ao afirmar a primeira e mais lógica reposta que passou pela cabeça: “a morte”.

É claro que diante dessa resposta, todos riram e até hoje é motivo de um ou outro comentário quando nos encontramos.  Mas o que me leva a refletir é o fato de apesar de confundir semanticamente o uso da palavra “fim”, nunca deixou de ser verdade a resposta “morte”.

Uma das grandes e reais afirmações Bíblicas que aprendemos desde criança é que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Rm 6:23. O fim para o qual todos caminhamos originalmente, desde a queda no jardim do Éden é a morte, porque esse é o salário, o pagamento final do pecado pelo qual escolhemos andar.

E é na morte que encontramos a razão maior para que a finalidade principal do homem seja glorificar a Deus. Todos nós, sem exceção, morreríamos para pagar pelos pecados se não fosse pelo sacrifício redentor de Cristo. O que Cristo fez na cruz foi restituir o nosso relacionamento com Deus ao pagar o preço pelo qual tínhamos sido condenados, Ele morreu para que pudéssemos viver e glorificar a Deus gozando-O plenamente através da vida eterna.

Quando Jesus se preparava para pagar o alto preço pela nossa libertação, uma de suas frases que deveriam incomodar profundamente nossa alma está escrita em Mt 26:38. Jesus convoca seus discípulos para orar porque o peso de sua ação já estava sobre os seus ombros, “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal” como Ele mesmo descreveu. Nós não podemos esquecer do sacrifício de Jesus ou rebaixa-Lo como algo fácil de realizar. Quando olho para muitos que se dizem cristãos ou se convertem hoje, encontro em poucos olhos o brilho desse conhecimento.

É preciso lembrar que Deus nos livrou da morte. E se a morte trouxe uma tristeza tão profunda ao coração de Cristo, o livramento dela deveria trazer uma alegria indescritível ao nosso coração. E não só uma alegria indescritível, mas o sentimento de livramento para que  nossa gratidão seja cada vez maior. E não só o sentimento de livramento, mas o arder da responsabilidade de glorificar a Deus.

Não vamos deixar que nosso coração esqueça do significado do sacrifício de Cristo. Não vamos deixar que nossas vidas não descrevam o sentimento desse livramento tão sublime que recebemos. E porque Ele nos amou primeiro, e deu a vida por tão miseráveis pecadores, vamos glorificar a Deus como Ele merece ser glorificado.