RAIVA. MUITA RAIVA.




Por várias vezes, sinto muita raiva das atitudes de algumas pessoas, que me levam diretamente a ter raiva delas - o que só faz mal a todo mundo, principalmente a mim.
Mas Deus tem me ensinado que, assim como elas, eu também erro tanto quanto. A história de perdoar 70x7 não é para ficar apenas na teoria (embora isso seja uma metáfora). Muitos deixam de praticar o perdão por julgarem que as pessoas NUNCA conseguirão mudar, que permanecerão no erro sempre e que "só Deus na causa" - o que é irônico, porque sabem onde está a solução e mesmo assim não fazem nem uma oração.

E aí a gente se depara com a oração que o Filho ensinou a fazer ao Pai nosso:
"Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam" (Mt. 6.12)

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É difícil assimilar isso. Fica complicado quando começamos a tomar para nós o que atribuímos tão facilmente aos outros, mas é mais ou menos assim que começamos a entender o amar ao próximo como a nós mesmos.
Hoje eu pensei muito nisso, porque Deus me desafiou a amar alguém de quem fiquei com muita raiva, por algumas atitudes que EU CONSIDERO (sim, eu julguei e julgar não é necessariamente pecado - Jo 7.24) muito incoerentes com o caráter cristão.

Não falei com essa pessoa hoje, embora tenha estado no mesmo lugar que ela. Acho completamente normal, e até sensato, dar tempo para pensar e analisar o que está acontecendo, nada precipitado. Parando agora em casa e refletindo, vi que Deus já tinha me falado sobre isso na devocional que fiz de manhã cedo. "Ore!" era o título, enfatizando a oração pelo próximo, com a finalidade de deixar Deus se sobressair em toda a situação, afinal, o propósito é dEle.

E é incrível quando Deus permite que a gente dê uma olhada no jogo por cima, porque conseguimos ver o seu agir mais facilmente. Meu principal desafio de hoje não foi simplesmente perdoar e, ainda assim, tentar fazer sobressair minha "santidade aparente", mas, sim, orar a favor dos que me ofenderam, interceder pelo melhor deles, pensando em como o Reino será beneficiado com tudo isso.
Para resumir, deixo algumas citações do livro "Maravilhosa Graça", do Philip Yancey, que têm me abençoado muito:

"Como poderíamos não perdoar uns aos outros à luz de tudo o que Deus nos perdoou?"
"Deus anseia por ver nas pessoas algo de sua própria imagem refletida; quando muito, vê fragmentos esparsos dessa imagem. Mesmo assim, Deus não pode - ou não vai - desistir."
"Embora o mal não desapareça quando perdoo, ele perde o seu poder sobre mim e é assumido por Deus, que sabe muito bem o que fazer. Tal decisão envolve risco, naturalmente: o risco de Deus não lidar com a pessoa como eu gostaria."

Deus nos molde,
Eric Jones Leuthier

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