Amor: a opção que transforma

Por Eric Leuthier

Eu tenho o pensamento de que é sempre bom dizer para as pessoas de quem você gosta que você gosta dela, sejam amigos, namorados, parentes, familiares ou etc. Certo dia, enquanto estava no trabalho, aproveitei para falar para todos os meus amigos que os amava. Iniciei uma penca de conversas com a declaração “te amo”, sem segundas intenções ou esperar qualquer ação em troca, apenas para que elas soubessem que eu realmente as amo.

Ao dizer, me deparei com uma variedade de respostas que me deixaram um tanto quanto intrigado. Não chateado nem aborrecido, mas intrigado e entristecido quanto às reações que vi. Enquanto alguns poucos respondiam com um sentimento recíproco, outros muitos já iniciavam a conversa com a indagação “o que é que tu quer?” ou perguntavam o porquê da minha declaração. Fiquei refletindo sobre isso.

Será que o amor hoje tá tão esquecido assim ou será que isso tudo é culpa da deturpação sobre o conceito de amar? Não quero falar mais baboseiras sobre o amor, como a gente tem visto por aí, essa não é minha intenção, fato. Hoje em dia, nosso conceito sobre amor é tão banal, ora dizemos que “amamos sushi”, ora “amamos fulano”, e assim o amor vai se variando e equiparando homens a coisas e sentimentos intensos a meros gostos pessoais. É quando o amor vai perdendo o valor, o sentido.

“Por quê?”

Toda vez que me lembro dessa resposta eu fico triste. 

Parece que hoje perdemos a prática de nos importamos com as pessoas. Essa semana eu conversava com uns amigos sobre isso e o assunto me levou a pensar e tentar lembrar quantas pessoas me procuraram simplesmente para saber como eu estou ou como foi meu dia. Não vou dizer que não foi nenhuma pra dar mais dramaticidade no texto, porque seria mentira, mas com certeza o número não passa de 2. Lembrei que várias pessoas me ligaram durante a semana, mas sempre com um objetivo específico: um pedido, um aviso, uma dúvida. Mas nunca pra conversar. Mas também não pretendo me fazer de vítima, reparei que eu mesmo também não tinha tido a atitude de procurar algumas pessoas simplesmente pra saber como elas estão, pra ganhar tempo conversando.

É bom amar e demonstrar amor. Ao contrário do que muitos pensam, eu acredito que amar é uma escolha. Mais que uma escolha, um desafio. Sabe aquela pessoa com quem você tem pouca afinidade ou de quem você não gosta muito (muitas vezes sem nunca ter nem conversado com ela)? Desafie-se a amá-la. Sim, o amor transforma. E não pense que a transformação maior acontece em quem você se desafia a amar, mas sim no próprio desafiado.

Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Filipenses 4:4-5