Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado?






Certo dia saí do trabalho e presenciei uma cena fatídica.
Um ajuntamento de pessoas ao redor de um ônibus parado. Junto ao ônibus havia Carro de Bombeiros, salvamento, policiais, peritos... Acreditei ser somente uma batida de carro convencional, mas ao me aproximar, não acreditei no que eu via: Embaixo do ônibus havia uma moto totalmente destroçada. Quando olhei para o asfalto, um grande rastro de sangue. Alguém tentou amenizar aquele sangue colocando terra em todo o rastro, mas não adiantou. 

Outro dia eu estava na coordenação corrigindo algumas provas, até que em minhas mãos vieram parar 2 certidões de óbito. “- Você dá aula para o segundo ano né, Jú? São as certidões de óbito dos pais de um aluno. Eles morreram no feriado de páscoa na ida para Braslândia. Passou na TV e tudo. Você viu um menino desesperado na pista? Era o nosso aluno."

Em outro momento, eu comentava com minha mãe que a alguns dias eu estava assistindo ao Jornal, e vi o relato de duas mortes: mãe e filha morreram na estrada, em função de um motorista alcoolizado. Como se não bastasse, semana passada uma jovem foi brutalmente esfaqueada pelo ex-marido em um Shopping aqui em Brasília.

Soube que a mãe de uma amiga querida morreu a pouco tempo, sem motivos aparentes. E essa semana, muitos outros casos e relatos sobre o último suspiro de mais e mais pessoas:

Uma querida irmã de minha igreja – Sábado.
Meu colega de faculdade que faria Mestrado comigo esse ano – Segunda-feira.

O mundo chorou na terça-feira ao saber da morte do grande líder e revolucionário Hugo Chavez.
Ontem o Brasil lamentou a perda de um grande nome do Rock brasileiro que embalou minha adolescência, Chorão.

E o que falar da triste tragédia em Santa Maria que levou a seus destinos finais a vida de 234 jovens, aproximadamente? Eu estava de férias na praia em SC, e ali chorei a perda dos meus tão jovens conterrâneos. Perdi ali familiares de amigos, conhecidos dos meus pais, jovens da minha cidade natal.

Todos esses relatos provocam algo em meu coração,o enchem de dor, de pesar Um aperto. Aquele sangue que vi no primeiro relato, ali, no chão, gritou em meus ouvidos: ''A vida é passageira. A vida é um sopro! Esse sangue aqui poderia ser o seu''. 

Todos os dias milhares de pessoas partem para seus destinos finais: o fim da linha, o encontro com o eterno.
Ainda que não pensemos sobre isso, o encontro com a morte algum dia acontecerá a todos nós. O salmista acertou em cheio na frase: "Que é o homem para que dele te lembres? ''. O homem acredita ter conquistado o mundo. Apóia-se na própria inteligência. Em seus bens. Em seu emprego estável. Em seus compromissos, planos e sonhos. Muitas vezes, agimos como o Homem rico da parábola relatada no livro de Lucas, no capítulo 12:

'... E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância;
E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?...' (Lucas 12. 16-20)

Por vezes, nossa vida cotidiana nos leva a esquecer que nossa vida nesta terra é passageira. Vivemos um dia após o outro, estudamos, trabalhamos, alcançamos vitórias, e tudo isso é maravilhoso.
Porém, não podemos esquecer do principal: Nossa vida aqui é muito curta, e em breve passará. De uma hora para outra, em um piscar de olhos podemos estar diante do Senhor para responder acerca de nossa breve vida aqui. Sobre isso, cinco pontos me levam à reflexão no dia de hoje: 

1) Você está preparado para encontrar-se com o seu destino final? Se você morresse hoje, o que aconteceria com a sua alma?  De nada adiantará o que você tenha feito aqui, se o principal você não tiver: Jesus Cristo como o Senhor da sua vida. 

2) Em função do que você tem vivido? Tenho visto pessoas conhecidas morrendo, e sempre me pergunto se elas tinham Jesus. Pessoas que alcançaram fama, reconhecimento dos homens, prestígio, riquezas... Mas de nada adiantará ser reconhecido por homens e no grande dia não ser reconhecido pelo Senhor. Viva por algo que valha a pena.  

3) Como você tem tratado as pessoas as pessoas que você ama e as pessoas ao seu redor? Shakespeare sabiamente discorreu sobre isso: '... Um dia você descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos...'

4) Agradeça a Deus pela sua vida a cada novo amanhecer. Muitas pessoas não irão acordar no dia de hoje, mas você, sim. Cada dia é uma nova oportunidade, um presente, uma dádiva que o Senhor te dá para que você o faça diferente! Tenho aprendido que é muito melhor e mais saudável encarar a vida com um coração grato, deixando as bagagens desnecessárias ao longo do caminho. Um sorriso ainda que tudo esteja ruim, é muito melhor que uma carranca. O coração alegre aformoseia o rosto, disse o salmista. (:

5) Invista em coisas que realmente têm valor. No que você tem investido TUDO de você? Talvez em seus bens, ou em esforços para passar em um concurso ou ser aprovado no vestibular. Tudo isso são coisas boas, mas não são as principais. Lembre-se: Coisas nunca, NUNCA serão mais importantes que pessoas. As coisas você se livra e joga fora. As pessoas você ama. 

Reflita sobre isso. ;) Que possamos valorizar aquilo que é eterno, e jamais acabará. (:

Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que          dará o homem em recompensa da sua alma? - Mt 16.26  



Um comentário:

  1. É em momentos de morte que pensamos na vida mesmo, né Ju?

    Um rapaz de 20 anos que tinha câncer, amigo nosso, que visitávamos sempre e acompanhávamos o progresso/retrocesso de sua saúde, morreu em Janeiro. Tem vezes que me lembro dele, e sua vida foi prova viva da fidelidade a Deus. Na fase mais sinistra da doença, quando a morfina já não fazia efeito, ele dizia: "Se não fosse essa doença, eu nunca teria conhecido Jesus."

    Pensemos sempre na nossa vida, e o que temos feito com ela.

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