“E, entrando no barco, passou para o outro lado, e chegou à
sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico, deitado numa cama. E Jesus,
vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são
os teus pecados.” Mateus 9:1-2
Em toda sua vida terrena, Jesus realizou muitos milagres. Em
toda sua vida terrena, o 100% homem e o 100% Deus, Jesus, encontrou muitas
pessoas e deixou-se encontrar por muitas outras. Na passagem de Mateus 9,
encontramos dois versículos que desafiam nossas ações, porque, no meio de uma
multidão, trouxeram um paralítico para Jesus curar. E Jesus não viu a doença, a
incapacidade ou os pecados daqueles homens. Jesus viu a fé deles.
Jesus viu a fé deles, e perdoou seus pecados. Jesus viu a fé
deles e libertou o paralítico da cama, assim como fez com o servo do centurião
em Mateus 8. Quando o centurião demonstrou sua fé, a Bíblia diz que Jesus se
maravilhou. O que me leva a indagar: qual o tamanho da fé que Cristo tem visto
em nossas vidas?
E eu não estou falando de boas obras. Tiago reafirmou o que
Jesus ensinava lembrando que a fé sem obras é morta, mas o que a expressão “Jesus,
vendo a fé deles” me faz pensar é no quanto nossos corações estão fervendo em fé
por algo que não vemos, e pela certeza das coisas que esperamos. O que Cristo
viu foi homens pecadores e miseráveis que provavam o que viam, e que tinham
certeza da concretização de suas esperanças.
A sociedade hoje tem vivido um tempo de incredulidade
doentia. O relativismo das coisas e a falta de esperança diante das
circunstâncias têm levado muitos a uma descrença total. O problema é que a
esperança ainda vive. O problema é que muitos estão paralíticos e transformaram
isso em uma cegueira que não deveria existir. O problema é que Jesus carrega a
cura, mas é a fé Nele que a torna visível.
Eu desejo acreditar que o que Cristo vê em mim é a fé que
Ele merece ver. Desejo que o meu coração seja transparente aos Seus olhos, que
apesar das falhas e incertezas, a única esperança que reine seja a que Ele
plantou quando morreu em meu lugar. É preciso acreditar.
É preciso ter fé sem circunstâncias, porque
“em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de
mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada
vos será impossível.”Mateus 17:20
Os heróis da fé que o autor de Hebreus cita no capítulo 11,
conquistaram muito. Mas a razão dessa conquista não foi e nunca será
circunstancial, a razão da conquista foi a fé que eles mantiveram escondida em
seus corações, que na hora da adversidade apontava como uma bússola para o
único que era capaz de salva-los: Deus.
Onde está a nossa fé? Para quem nossa bússola aponta? Será
que somos capazes de resplandecer a fé para que Jesus a veja, ou será que as
circunstâncias têm deixado nossas cabeças baixas e as lágrimas comandarem?
Não só acho que o relativismo tem resultado numa falta de fé, mas também numa fé sem alicerce, em alvos errados, em alvos completamente palpáveis.
ResponderExcluirE Eric, até dentro da igreja o relativismo está presente. Logo na igreja, onde deveria ser lugar de verdades absolutas e uma fé inabalável.
ResponderExcluirLindo o texto, Noemi ! *----*