Interlúdio

Por Luca Rédua





Estou há algumas semanas com uma vontade enorme de postar algo sobre música instrumental. Mas, depois de pesquisar sobre o contexto bíblico do tema, deparei-me com diversas opiniões sobre o assunto. Uns dizem que é impossível agradar a Deus com música sem palavras (leia-se: louvor); outros, que a intenção do coração de um instrumentista é o que definiria se haveria ou não adoração.

"O que a Bíblia diz sobre isso?". O que eu encontrei foi o que o Leonardo Macambira disse nesse texto:

"Há também na Bíblia muita música instrumental. A palavra "selá", que aparece em todo o livro de Salmos (71 vezes), refere-se a um interlúdio instrumental entre as estrofes da música vocal. A nação de Israel era convocada para diversos eventos através de toques de trombetas: reuniões, para levantar acampamento, festas, comemorações, para a adoração, em campanhas militares, entre outros (Lv 23.24, Js 6.20, Jz 3.27, Sl 150.3).

A segunda volta de Cristo será anunciada por trombetas (Mt 24.31) e também a ressurreição dos mortos (1Co 15.52). A Bíblia também menciona vários instrumentos musicais como a flauta, a lira, a harpa e instrumentos de percussão (1Sm 10.5, 1Rs 1.40, 1Cr 25.1, Sl 45.8150.3, Mt 9.23)."

"E o que você acha, Luca?". O que eu acho é um conjunto de "achismos" de quem não tem conhecimento suficiente sobre o assunto para ter um argumento de autoridade. Até porque sou um mero apreciador de música e, infelizmente, não um estudante.

Contudo, música é mais uma forma de comunicação (pela abordagem funcional, e não naturalista). Logo, há intercâmbio de informações, há uma mensagem. Para leigos, isso não é claro, mas o músico instrumentista também expressa sentimentos e ideias quando toca. Mas não vou me dar ao luxo de apontar uma "certeza" para um tema tão complexo.

Na dúvida, coloque uma música instrumental e vá ler a Bíblia. Deixe que a palavra de Deus seja a letra de uma das músicas de Chick Korea, Mike Stern ou Pat Metheny, que, por sinal, será a minha dica do post.

Nascido em Kansas City, Missouri, EUA, Patrick Bruce "Pat" Metheny é um dos maiores músicos da história, sem exageros! O guitarrista carrega 18 Grammys no currículo e já trabalhou com nomes como: Herbie Hancock, Brad Mehldau, Jim Hall, Milton Nascimento e David Bowie. Aos 19 anos, transformou-se no professor mais novo da história na Berklee College of Music, onde recebeu também o título de doutor honorário vinte anos mais tarde. Considerado pai do Jazz Fusion com o álbum "Bright Size Life" (1976).

As músicas são "A Map Of The World" e "In Her Family", que são tocadas uma atrás da outra no álbum ao vivo "Speaking of Now Live" (2002), pela dupla Pat Metheny e Lyle Mays. Essa parceria foi comparada às de Lennon/McCartney e de Ellington/Strayhorn por críticos.

Dá pra falar MUITO sobre esse cara, indicar discos e mais discos, vídeos e etc., mas deixarei, para os que se interessarem, que procurem a respeito. Fiquem agora com esses dez minutos de paz.

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